A análise crítica da reportagem Oceano turbulento, seguida de debate sobre temas contemporâneos, é uma estratégia de fácil aplicação para aprofundar o tema em sala. A turma é dividida em grupos e cada um relaciona a questão da circulação de notícias falsas com exemplos atuais, como crise climática, desigualdade social, conflitos geopolíticos ou impactos da globalização. Em seguida, as equipes apresentam suas análises, compartilham perspectivas e possíveis soluções para os problemas discutidos.
Outra proposta é a produção de textos reflexivos, em que os alunos, após a leitura e a discussão da reportagem, escrevem ensaios ou cartas abertas refletindo sobre como a desinformação impacta suas vidas ou o futuro da sociedade. Eles são incentivados a relacionar esses pontos com suas próprias experiências e a propor mudanças ou ações concretas para enfrentar os desafios levantados.
Além disso, pode ser desenvolvido um projeto interdisciplinar para a criação de vídeos. Alunos de diferentes disciplinas (História, Geografia, Sociologia, Artes) produzem um minidocumentário sobre um aspecto central da reportagem, realizando pesquisas, entrevistas e gravando cenas que ilustrem suas análises, culminando em uma apresentação final para a classe ou para a comunidade escolar.
Também se propõe a realização de uma leitura dramática, utilizando encenações para explorar e compreender as tensões descritas pela reportagem. Após a leitura de trechos da matéria, organiza-se um teatro-fórum, permitindo que os espectadores intervenham na cena para propor soluções para os conflitos apresentados, promovendo empatia e pensamento crítico.
Os efeitos geopolíticos da produção deliberada de notícias falsas também podem ser abordados na disciplina de Geografia, com a criação, pelos estudantes, de mapas temáticos que representem as áreas do mundo mais afetadas por crises climáticas, guerras, migrações ou desigualdade social. Depois, discute-se sobre a necessidade de intervenções políticas e sociais para minimizar os impactos da desinformação nesses contextos.
Para fomentar a criatividade, sugere-se uma oficina de soluções criativas, na qual os alunos desenvolvem propostas inovadoras para mitigar os problemas globais impulsionados pelas notícias falsas e pela desinformação. As soluções podem ser apresentadas como projetos de lei fictícios, campanhas de conscientização, inovações tecnológicas ou iniciativas comunitárias. Ao final, cada grupo apresenta e recebe feedback dos colegas e do professor.
Jogos educativos podem ser criados para tornar o aprendizado mais dinâmico e interativo. Um exemplo é a construção do jogo Jornada pelo Oceano turbulento, no qual os jogadores avançam por um tabuleiro que representa um mapa-múndi à medida que vão respondendo a perguntas (em forma de flashcards) e enfrentando os desafios propostos, relacionados ao conteúdo da obra.
Mais um exemplo é a montagem de um quiz interativo, Desafios do oceano. No jogo, as equipes competem respondendo corretamente às perguntas sobre desinformação e notícias falsas. Ou, ainda, estimular a criatividade dos alunos com o jogo de cartas Soluções para um Oceano turbulento, desafiando-os a combinar cartas de Problema e solução, justificando suas escolhas.
Outra proposta é a simulação da Assembleia das Nações Unidas, na qual os estudantes representam países ou organizações internacionais, debatendo e negociando resoluções conjuntas sobre o tema. Por fim, a criação de um jogo de RPG (role-playing) chamado Sobrevivendo no Oceano turbulento pode incentivar os alunos a compreenderem as consequências da desinformação a partir de uma perspectiva pessoal, tomando decisões estratégicas em cenários fictícios baseados nas situações da reportagem.