Resgatar a grandeza de um ideário e projetar futuros
Texto: Vanessa Vieira, editora-chefe
É um orgulho imenso para a equipe da Darcy produzir o número comemorativo da UnB sexagenária – e assim também se eternizar nessa história. O trabalho incluiu revisitar o passado para nos apropriarmos dos ideais de concepção da universidade necessária – como projetava seu fundador Darcy Ribeiro. Resgatar as origens faz saltar aos olhos quão grande responsabilidade temos no presente e para o futuro. Somos a possibilidade de perseguir a grandeza do ideário da UnB: o de uma instituição inovadora, pensada como caminho para renovação do ensino superior e para o desenvolvimento da ciência no país.
As próximas páginas atestam o compromisso público e de todos com essa missão. Indivíduos envolvidos no ensino, na pesquisa, na extensão e na gestão administrativa. Um coletivo que educa e aprende, transforma e é transformado. Assim, o sentido conotativo da palavra corpo ganha contornos reais no Ensaio Visual deste número. São egressos e acadêmicos indígenas, quilombolas e negros que partilham experiências sobre como a universidade necessária os transformou em pessoas atuantes na sociedade.
Nossa equipe também testemunhou o desejo da comunidade acadêmica de celebrar essas seis décadas, evidenciando o que a UnB faz de melhor. Estudantes e docentes entrevistados, servidores de unidades administrativas que colaboraram com o número e profissionais da Secretaria de Comunicação (Secom) revelaram um inspirador engajamento para comunicar os 60 anos e fazer a Darcy acontecer.
Faço menção ao empenho colossal (iniciado em dezembro de 2021) das discentes extensionistas Bruna Ferreira e Giulia Soares e da jornalista Serena Veloso, em parceria com o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) e outras unidades administrativas, no levantamento de dados sobre a última década no ensino, na pesquisa e na extensão – última das três publicações do Dossiê. O compilado comemorativo reúne a reportagem Pioneira, inclusiva e democrática e a linha do tempo Memória UnB: 60 anos de protagonismo.
E nada melhor do que pulsar ciência para celebrar a Universidade. Três reportagens desta edição são dedicadas a iniciativas de ensino e pesquisa. A dose de descontração fica a cargo de A última flor, que traz curiosidades sobre as siglas da UnB, e de Arqueologia de uma ideia, com registros sobre a origem dos pré-moldados.
O retrato dos entrevistados ganha destaque e significado especial neste número – representa os avanços no combate à pandemia de covid-19, o que permitiu à comunidade acadêmica voltar a circular pelos campi. Que saudades estávamos da vivacidade que esses encontros trazem às nossas páginas!
Aprecie, sinta e celebre conosco. Viva a UnB!