A UnBTV homenageia a Universidade de Brasília com a série 60 anos em 60 segundos. Egressos, professores eméritos e figuras públicas partilham depoimentos com memórias, marcos, acontecimentos históricos e visões de futuro acerca da instituição vanguardista. Confira abaixo parte dessa produção especial!

 

Assista todos os episódios no canal da UnBTV no YouTube.

 

Cristiane Sobral, atriz, escritora, professora de teatro e mãe. É mestre e bacharel em Artes Cênicas pelo Instituto de Artes da UnB.

"No Departamento de Artes Cênicas, tive a oportunidade de aprender a usar minha voz, meu corpo, minha expressão; de me colocar no mercado de trabalho profissionalmente e encontrar boas oportunidades; de fazer grandes amigos e de viver muitas emoções. Estar em cena pela primeira vez com o meu espetáculo Uma boneca no lixo, dentro da sala Saltimbancos [1998, Instituto de Artes], é algo que jamais vou esquecer, sendo dirigida pelo professor Hugo Rodas. Então, quero dedicar ao teatro e ao Departamento de Artes Cênicas a minha lembrança especial da UnB. Parabéns, UnB. Continue viva, forte e atuante. Transformadora nas nossas vidas!"

 

Fernanda Sobral, professora emérita da UnB, pesquisadora e docente do Departamento de Sociologia.

"Eu não tenho um único fato marcante com a UnB. Eu tenho vários fatos que enriqueceram minha vida acadêmica. Primeiro, meus alunos de graduação. Era muito importante para mim ver suas expressões de descobertas, de interesse, quando eu estava dando aula. Depois minhas orientações na pós-graduação, nas quais talvez eu aprendi mais do que ensinei. Também os alunos de iniciação científica. Eles chegavam ainda muito crus nas pesquisas, nos trabalhos e logo depois estavam me dando sugestões. E, finalmente, quando fui diretora de Pesquisa: foi muito bom premiar excelentes teses de doutorado da UnB nas diferentes áreas de conhecimento."

 

José Jorge de Carvalho, docente no Departamento de Antropologia e um dos idealizadores da política de cotas raciais da UnB.

"O evento mais significativo de todos os meus anos na Universidade foi, de fato, a luta pelas cotas [raciais]. Se pensarmos o que era a Universidade de Brasília no ano de 1999, quando nós começamos a colocar a questão das cotas, e o que é hoje, é uma transformação extraordinária. Então, isso é algo que me marcou todo o tempo. Nós conseguimos ser a primeira universidade que aprovou as cotas na graduação, em 2003. Depois nós pautamos a discussão ainda em 2014 e somos, ainda hoje, a única universidade federal que mantém as cotas raciais plenas. Passamos [as cotas] para a pós-graduação e continuamos sendo uma referência nacional nessa discussão que transformou as universidades brasileiras."

 

Sidarta Ribeiro, neurocientista e fundador do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Biólogo pela Universidade de Brasília.

 

"Falar sobre a UnB nos seus 60 anos é um prazer, porque minha relação com a instituição é muito antiga. Desde criança, quando meus pais estudaram nela, eu passeava pelos corredores do minhocão e me imaginava ali. Em 1989, entrei no curso de Biologia e estudei até 1993 nessa que para é mim uma das melhores universidades do país, uma das mais plurais, e que me permitiu abrir a cabeça e ter encontros excelentes tanto dentro da minha área de pesquisa e de atuação, quanto fora dela em muitas direções diferentes. Me lembro de fatos importantes. Lembro, por exemplo, do papel dos estudantes da UnB no início dos protestos que levaram à derrubada do então presidente Collor. E me lembro com muito carinho do primeiro Festival Latino Americano de Arte e Cultura, que foi um grande contato com essa identidade latino-americana que nós devemos abraçar. Parabéns, UnB. Axé."